quinta-feira, 1 de outubro de 2009

É preciso ir adiante.

com.pai.xão
Substantivo feminino. Pesar que nos desperta a desgraça, a dor, de outrem; dó, comiseração, piedade. [Pl.: –xões.]
pe.na2
Substantivo feminino. 1.Castigo, punição; penalidade.2.Sofrimento, aflição.3.V. compaixão.4.Mágoa, tristeza.5.Punição imposta pelo Estado ao delinqüente ou contraventor. Fonte: MiniAurélio.

Descobri que não há evolução sem luta e a pior luta é contra si próprio. Se desfazer de hábitos, posturas e visões cultivadas a vida inteira é muito complicado... há momentos que dá uma sensação de vazio, de falta de identidade... você não se reconhece, parece se descaracterizar. Quem me conhece sabe que a vida inteira tive pavio curto, na verdade, sem pavio!
Há algum tempo venho tentando produzi-lo, e se possível quilométrico, tenho tentado crescer, evoluir e me comportar como filha dileta de Deus que sou. Algumas vezes sucesso, outras fracasso total. Na experiência de hoje, quando fui abordada de maneira extremamente agressiva, sem motivo ou fundamento, instintivamente quis reagir com agressividade redobrada, porém, inacreditavelmente deu-se um milagre: ouvi meia dúzia de desaforos descabidos e desnecessários e me pus a observar a atitude da “moça” sem reagir. Senti muita pena dela! Certa vez Maria Eugênia me fez a seguinte observação: “não discuta, não se altere porque é exatamente nessa hora que você expõe suas maiores fragilidades”- tive prova cabal disso; vivendo e aprendendo.
Eu poderia ter usado a força bruta, podia ter rebatido verbalmente seus desaforos, porém o que fiz foi tentá-la fazer enxergar o quanto ela se fazia pequena diante da situação e, inevitavelmente me pus em seu lugar, fiquei a imaginar as inúmeras situações que eu me fiz pequena, que me diminui e me violentei levada pela ira e pela insensatez.
Mesmo depois do episódio, ainda sinto ondas de revolta, raiva de mim mesma por não tê-la “colocado em seu devido lugar”, porque afinal de contas, “quem ela pensa que é?” e é exatamente no mesmo instante que consigo perceber que o bom senso, a paz, o equilíbrio e o discernimento são sem dúvida alguma os melhores aliados. Esta pessoa especificamente, não a conheço e pelo pouco que sei de sua trajetória, é uma pessoa infeliz, o que me leva a crer em sua auto punição todos os dias por ser quem é.
O livro “O Monge e o Executivo” faz muito bem a diferença entre amor e atitude de amor, esta por sua vez, independe da prática de amar alguém e sim, amar, sobretudo a si próprio, se respeitando e obedecendo seus limites. Fiquei muito feliz por mim mesma, pela minha atitude de amor, tenho pena, compaixão e, espero que ela mude um dia, que se torne uma pessoa agradável, humilde e humana de verdade... enquanto há vida há esperança.
De tudo fica a lição para todos nós e a certeza de que querendo, ainda dá pra ser feliz completamente.

2 comentários:

  1. Creio que estamos em evoluçoes diferentes... Enquanto vc está implantando um pavil, eu estou podando o meu...
    Enquanto vc está aprendendo a contar até 100 eu estou aprendendo a contar até 10.
    Somos o extremo das duas coisas: Você é Explosão e eu a Calmaria. E nenhuma das duas nos fazem bem.

    Bjos Amo bem mt!

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  2. Dah: O grande lance é encontrar o equilíbrio!

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Se meta e se envolva!